sexta-feira, 22 de março de 2019

Balanço de ciclone em Moçambique pode superar os mil mortos

O ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique na noite de quinta-feira, antes de avançar pelo vizinho Zimbábue.




O furacão que varreu Moçambique e o Zimbábue no fim de semana passado, destruindo estradas, pontes, hospitais e escolas, deixou pelo menos 182 mortos, mas este número pode superar os 1.000, alertou o presidente de Moçambique, Filipe Nuysi, na segunda-feira.

O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, estimou nesta segunda-feira que o balanço do ciclone Idai, que também afetou o vizinho Zimbábue, pode ultrapassar mil mortos, depois que a tempestade varreu as províncias centrais do país.

"No momento, oficialmente registramos 84 mortos. Mas quando sobrevoamos a área esta manhã para entender o que aconteceu, tudo indica que poderemos registrar mais de 1.000 mortes", afirmou, em mensagem ao país.

"As vidas de mais de 100 mil pessoas estão em perigo", acrescentou ele. "Nós vimos corpos na água, é um verdadeiro desastre humanitário", estimou.

"Nossa prioridade é salvar vidas. Até o momento, mais de 400 pessoas foram salvas de áreas inundadas", acrescentou.

Imagens aéreas transmitidas pela organização Mission Aviation Fellowship, mostram dezenas de pessoas que se refugiaram em telhados de prédios sólidos, completamente cercados por água.

O ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique na noite de quinta-feira, antes de avançar pelo vizinho Zimbábue

Lá, o último balanço registrou 98 mortos e 212 desaparecidos, declarou o porta-voz do governo, Nick Mangwana.

"Temos a impressão de estar lidando com as consequências de uma guerra de grande escala", avaliou o ministro atualmente encarregado da Defesa, Perrance Shiri.

Em Moçambique, os estragos em Beira, cidade de meio milhão de habitantes, são "enormes e terríveis", segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho (FICV), que está envolvido nas operações de resgate.

Cerca de "90% de Beira e seus arredores foram atingidos", acrescentou em um comunicado.

Nesta segunda-feira, as ruas da cidade estavam cheias de árvores caídas, janelas quebradas e ferro retorcido, constatou a AFP.

"O ciclone foi extremamente violento e afetou a todos, destruiu famílias, casas, não há palavras para descrevê-lo", disse Mohamed Badate, de 24 anos, funcionário de uma loja de roupas.

Na região, quase 10 mil pessoas foram afetadas, 873 casas foram destruídas e 24 hospitais e 267 salas de aula foram inundadas, de acordo com o relatório da autoridade moçambicana de gerenciamento de desastres.

Em ambos os países, as autoridades temem, no entanto, que o balanço seja pior, com o avanço das operações de resgate.

Em Moçambique, "várias barragens cederas ou atingiram seu nível máximo", alertou Emma Beaty, da organização não-governamental Oxfam.

O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, que visitou a região, considerou a situação "crítica".

O Zimbábue nunca sofreu uma "destruição de infraestruturas deste nível", disse o ministro dos Transportes, Joel Biggie Matiza.

Diante da catástrofe, o presidente Emmerson Mnangagwa retornou às pressas de uma viagem aos Emirados Árabes Unidos.

"A cada hora que passa, nossos piores medos se confirmam", declarou em uma intervenção à emissora pública ZBC. "Muitos morreram afogaram, enquanto outros foram mortos durante o sono por pedras que demoliram suas casas", acrescentou.

Os socorristas se concentravam nesta segunda-feira na cidade de Chimanimani (leste), onde uma escola foi parcialmente destruída por um deslizamento de terra que deixou pelo menos três mortos.

A Associação Médica do Zimbábue (Zima) lançou uma convocação de voluntários para ajudar as vítimas e pediu doações de alimentos, água, gás, roupas, cobertores e barracas.

As fortes chuvas registradas antes da chegada do ciclone já haviam deixado pelo menos 122 mortos em Moçambique e no Malaui, que não sofreu os estragos do ciclone.

Diretora que barrou matrícula de aluno por corte de cabelo é afastada do cargo no Maranhão

A Prefeitura de São José de Ribamar determinou o afastamento por 60 dias de Helena Rita Ferreira Sousa, diretora da Escola Profª Augusta Maria Costa Melo, em São José de Ribamar, na região metropolitana de São Luís. Ela foi acusada de racismo por condicionar a matrícula de uma criança de oito anos a um corte de cabelo, que seria norma da escola.
Helena Rita Ferreira Sousa, diretora da Escola Profª Augusta Maria Costa Melo — Foto: Reprodução/TV Difusora
A família da criança registrou um boletim de ocorrência e entrou com um processo na Justiça contra a diretora. Um processo administrativo também apura a denúncia de racismo. A Secretaria de Educação de São José de Ribamar negou que haja qualquer orientação de não matricular crianças por corte de cabelo.
“Isso não é tolerado, não é uma recomendação. Infelizmente, se deu isso, mas não é uma regra da educação. Me surpreendeu bastante e isso não é um fato impeditivo, de forma alguma, para a matrícula da criança”, declarou a secretária de educação de São José de Ribamar, Joana Marques.
Por causa do constrangimento, os pais da criança estavam com dificuldade para encontrar uma escola inclusiva, já que o menino de cabelos cacheados e pele negra é autista. Mas o município providenciou soluções.
“A vaga da criança está garantida na escola municipal Nice Lobão, a Prefeitura também disponibilizou serviços especializados na escola Dra Maria Amélia Bastos, que é uma escola para atendimento de pessoas com deficiência”, disse a secretária Joana.
Felipe é negro e tem cabelos crespos. Pais dizem que a diretora da Escola Profª Augusta Maria Costa Melo impediu a matrícula por ele ser afrodescendente. — Foto: Reprodução/TV Mirante
A diretora Helena Sousa acusa os pais do menino de calúnia e difamação. O advogado dela afirmou que, em momento algum, ela agiu com discriminação ou preconceito racial.
“Não houve em momento algum qualquer citação acerca de corte de cabelo, que não haveria a matrícula por conta do cabelo da criança. Ela [Helena] é casada com um negro, tem nove filhos negros. Então essa afirmação de discriminação e preconceito racial não merece prosperar porque, se ela assim o fizesse, estaria atacando a própria família dela”, contou o advogado Cristian Cavalcante.
No entanto, na última semana , em entrevista à TV Difusora, a diretora admitiu que disse para o pais cortarem o cabelo dele.
“Eu perguntei para ela [mãe] no caso do cabelo, se tinha como ele cortar o cabelo social. Ela disse que não, que ia pensar. Eu disse que tudo bem, então a senhora pensa porque a escola tem um padrão porque a gente sempre chama os militares, os bombeiros para fazerem palestras. Então estão todos bonitinhos, normal, tudo social”, disse a diretora na entrevista.

Wellington aciona Ministério Público para obrigar Prefeitura de Paço do Lumiar a cumprir legislação

Na última terça-feira (19), o deputado estadual Wellington do Curso (PSDB) acionou o Ministério Público solicitando que sejam adotadas providências para obrigar a Prefeitura de Paço do Lumiar a cumprir a Lei 11.738/2008 (piso salarial) e o Estatuto Municipal do Magistério, assegurando, assim, o cumprimento dos direitos dos professores.
A ação do deputado Wellington resulta de solicitações e denúncias formuladas pelos professores da Rede Municipal de Ensino.

“Estamos encaminhando todas as informações e meios de provas que recebemos dos professores de Paço do Lumiar. Entre as solicitações, há a imediata revogação das realizadas de maneira ilegal e arbitrária pela Secretaria Municipal de Educação de Paço do Lumiar. Além disto, a  efetivação da devida e justa equiparação salarial, seja pela via da dobra no salário dos profissionais que cumprem jornada de 40 horas semanais, seja por meio da redução desta jornada para 30 horas semanais, conforme processo iniciado em 2018 pela referida gestão municipal. O nosso compromisso é com os professores”, disse Wellington.

A ex-prefeita Iracema Vale prestigia posse do novo governador do Maranhão Carlos Brandão.

Festa e alegria marcam a tradicional Feira da Agricultura Familiar, na sede do STTR de SBRP-MA

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (STTR) de SBRP-MA promoveu, nessa quarta-feira (1), a tradicion...